Não sabemos ainda qual, mas descobriremos a partir desta segunda. Belo Horizonte recebe a edição 2014 do Mundial de Clubes de Vôlei, com a promessa de grandes duelos e a chance de consagração definitiva do grande time do Sada/Cruzeiro.

Depois de conquistar todas as competições que disputou, o atual campeão mundial chega como um dos favorito e tenta mostrar que de fato é a melhor equipe da atualidade. Anfitrião e defendendo o título da competição intercontinental, o plantel estrelado integra o grupo A, ao lado do porto-riquenho Guaynabo Mets, do Belogorie Belgorod, da Rússia, e dos iranianos do Matin Varamin. No grupo B estão UPCN, da Argentina, Trentino, da Itália, o tunisiano Esperance e, por fim, o Al-Rayyan do Catar. O time mineiro manteve a base nos últimos três anos e se consolidou como a potência a ser batida no vôlei brasileiro. Com dois mundiais e duas finais na bagagem e craques como Willian, Leal, Wallace e Felipe, o time de BH possui um dos mais poderosos ataques da atualidade e uma sólida defesa, comandada pelo líbero Serginho. Apontado por tomos como favorito, o time terá a chance de se consolidar como um dos maiores da história do vôlei brasileiro e mundial.

O time porto-riquenho vem para a sua primeira participação. O Guaynamo Mets conquistou sua classificação como representante da NORCECA (América do Norte, América Central e Caribe) ao vencer a Liga Nacional de Porto Rico, em fevereiro. Outros coadjuvantes são o Esperance da Tunísia, representante africano, e o Matin Varamin do Irã, equipe asiática.

Numa realidade bem diferente, times endinheirados aproveitam-se da falta de uma regra que limite os estrangeiros e criam seleções mundiais. O Al-Rayyan, do Qatar é exemplo disso, pois com os petrodólares do Oriente Médio, levarou o búlgaro Kaziyski e o cubano Simon, dois dos melhores jogadores do planeta, para o time catari. Sem falar nos brasileiros Rapha e Alan e o cubano Sanchez. Por isso, a equipe já desponta como uma das possíveis candidatas ao título, mesmo sendo de um país sem tradição no esporte e tendo um time montado apenas para o torneio.

No que tange a força da camisa, ninguém bate o Trentino. O clube italiano já ganhou quatro vezes o Mundial masculino de forma consecutiva. Hoje não é mais aquela máquina e ainda vai se deparar com dois dos principais jogadores daquele timaço, Rapha e Kaziyski. Ainda assim deve ser respeitado, pois sempre pode ser perigoso na decisão, mesmo com uma equipe jovem. Já que o Trentino não é mais aquele, a grande força europeia é o atual campeão europeu, o Belogorie Belgorod que conta com o gigante russo Dimitry Muserskiy, o vilão da seleção brasileira na última edição dos Jogos Olímpicos em Londres. Julgando pelo elenco, a equipe russa é melhor que o Lokomotiv Novosibirsk, adversário do Cruzeiro na última edição do Mundial. O UPCN Vôley Club da argentina segue sendo um adversário forte, que traz a técnica do vôlei portenho e a sua raça peculiar. Foi páreo duro para o Cruzeiro na decisão do Sul-americano e deve trazer problemas para o Al-Rayyan e o Trentino.

A contexto é esse e a expectativa é de grande jogos no Mineirinho. BH deve receber uma grande competição e a torcida para o Cruzeiro manter o caneco no Brasil deve ser grande. Que venha o Mundial e o vôlei de alto nível.