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AS COISAS MAIS LEGAIS DA PRIMEIRA FASE EURO

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E Eurocopa chegou a sua segunda fase e, por mais que ela não tenha um nível tão elevado como edições anteriores – talvez pelo inchaço de participantes – ela tem nos brindado com momentos sensacionais.

Falando sobre o futebol podemos apontar as decepções para começar. A Rússia e a Rep. Tcheca decepcionaram muito. Um empate para cada e eliminações na primeira fase, sem a menor resistência. A Ucrânia foi ridícula, perdendo os três jogos sem marcar nenhum gol. Mas se esperava muito pouco ou quase nada dela. A Áustria por sua vez foi uma grande decepção. O time de Arnautovic e Alaba vinha com uma de suas melhores gerações em décadas e não sobreviveu a Islândia e Hungria.

Ah, pode por na lista a Suécia. Foi para a Eurocopa para jogar em função do Ibrahimovic. E só. Com um planejamento tático tão em desuso não podia-se esperar nada além de fracasso. E assim, Ibra passou em branco na sua última Euro, desperdiçando a chance de ser o primeiro jogador a marcar em quatro Eurocopas seguidas.

A despedida de Zlatan da seleção. FOTO: AP / Thanassis Stavrakis
A despedida de Zlatan da seleção. FOTO: AP / Thanassis Stavrakis

A honra ficou para Cristiano Ronaldo. Mas a marca foi ofuscada pela fraca campanha de Portugal. Três empates, sendo o último num sufoco danado contra a Hungria, foram o suficiente para o avanço dos lusitanos, mesmo sem nenhuma vitória. Algo inédito. Mas valeu a pena pelo jogaço contra a Hungria.

Dentre os favoritos só a Espanha jogou um pouco do que se espera dela. Apenas no jogo contra a Turquia. A Alemanha e a França fizeram o suficiente para passar de fase, sem empolgar. A Inglaterra ainda não se acertou mas conseguiu passar no seu grupo. O mesmo podemos dizer da Bélgica, da qual muito se fala e pouco se vê. A Itália felizmente voltou a ser a Itália. “Catenaccio” clássico, com Buffon empolgadíssimo e resultados sob medida para passar de fase. Nada mais.

Vale pontuar a grande primeira fase de Gareth Bale. O galês foi para ser protagonista e cumpriu seu papel. Resolveu os jogos e liderou sua seleção para a classificação em sua primeira participação na competição.

Superior aos galeses só a Croácia. O time da camisa mais bonita do mundo jogou o melhor futebol da primeira fase, sapecou uma virada na Espanha e terminou líder de grupo. Além de jogar muito o time conta com Modric, Perisic e Rakitic em grande fase e um grupo muito unido, principalmente depois da morte do pai do lateral Srna, um dos líderes do time, que permaneceu junto de seus compatriotas mesmo depois da perda.

Também teve papelão. Logo na primeira rodada o pau quebrou em Marsella, quando russos bêbados e Holligans ingleses, tão bêbados quanto, se enfrentaram nas ruas da cidade. Para complicar, os ultras do Olympique resolveram participara da batalha. A Euro ameaçou as duas seleções de expulsão e as coisas esfriaram.

Briga entre ingleses e russos. FOTO: Jean-Paul Pelissier/Reuters
Briga entre ingleses e russos. FOTO: Jean-Paul Pelissier/Reuters

A torcida croata mostrou que a empolgação com o bom futebol de sua seleção causa comportamentos inadequados. O uso de sinalizadores no estádio – como os turcos também fizeram – passaria batido se não fossem atirados dentro de campo, paralisando o jogo contra a Rep. Tcheca. Somado a atitudes racistas, que geraram uma multa bem mixuruca da UEFA.

As Irlandas fizeram muito. Passaram de fase, coisa que não seria fácil em outros formatos de Euro. Mas os irlandeses deram show mesmo foi na torcida. Nenhuma outra torcida chamou tanta a atenção como a deles.

Quem chegou perto foi a torcida da Islândia. A grande zebra da primeira fase, ao lado da Hungria – que voltou a jogar em grande nível – teve um apoio massivo de sua torcida. 8% da sua população está na França acompanhando a seleção.

Vamos destacar também o goleirão da Hungria, Király, que joga com uma calça de moleton, é quarentão e manja demais de fazer zueiras durante a partida.

https://vine.co/v/5Bp2TF72MZr

Para encerrar, menção honrosa a Albânia. Depois de setenta anos de figuração, guerras e afins, a seleção albanesa finalmente conseguiu classificar-se para uma grande competição internacional. Jogou de igual para igual contra Suíça e França e conseguiu uma inesperada vitória contra a Romênia, comemorada como um título. Seus jogadores receberam passaportes diplomáticos, tornando-se quase embaixadores do país.

A euforia albanesa no gol da vitória sobre a Romênia. FOTO: AP
A euforia albanesa no gol da vitória sobre a Romênia. FOTO: AP
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