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O ÉPICO BRASILEIRO NO MINEIRÃO

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Sabe aquelas histórias de partidas épicas, que ficam para a história. Aconteceu mais uma no Rio 2016. Foi uma partida bárbara! Já, já, contaremos.

O Rio presenciou um bicampeonato olímpico inédito. Rosannagh MacLennan conquistou o único ouro do Canadá em Londres 2012 e, agora, ganhou a segunda medalha dourada de seu país ao vencer a prova feminina da ginástica de trampolim. A canadense de 27 anos, que foi a porta-bandeira da delegação de seu país na cerimônia de abertura do Rio 2016, superou a britânica Bryony Page, prata,  e a chinesa Dan Li, bronze.

Um novo capítulo da história foi escrito no Centro Olímpico de Tiro. Medalhista de bronze no skeet, a americana Kimberly Rhode tornou-se a primeira mulher na história dos Jogos a subir ao pódio em seis edições consecutivas. Rhode tem três medalhas na fossa double (ouro em Atlanta 1996 e Atenas 2004 e bronze em Sydney 2000) e outras três no skeet (ouro em Londres 2012, prata em Pequim 2008 e bronze no Rio 2016). A final foi 100% italiana e teve a vitória de Diana Bacosi sobre Chiara Cainero por 15 a 14. Na outra prova do dia, a carabina deitada 50m masculino, o ouro foi para o alemão Henri Junghaenel. Jonghyun Kim, da Coreia do Sul, ganhou a prata e o russo Kirill Grigoryan completou o pódio com o bronze após marcar 187.3.

Americana Kimberly Rhode comemora sua sexta medalha Olímpica com o filho Carter. FOTO: Getty Images/Sam Greenwood
Americana Kimberly Rhode comemora sua sexta medalha Olímpica com o filho Carter. FOTO: Getty Images/Sam Greenwood

Uma das principais potências do hipismo internacional, a Alemanha ficou com a medalha de ouro da prova por equipes do adestramento dos Jogos Rio 2016. O país superou Grã-Bretanha e Estados Unidos e ocupou o topo do pódio no Centro Olímpico de Hipismo. A conquista fez a amazona Isabel Werth chegar ao seu sexto ouro no esporte e igualar o recordista Reiner Klimke, também da Alemanha.

No handebol feminino, o Brasil fez mais uma boa partida e reencontrou a vitória, derrotando Angola por 28×24. Outro jogaço da rodada foi o empate entre Suécia e Holanda em 29×29. Quem vinha bem também era o time de pólo aquático masculino do Brasil. Mas dessa vez não deu. A Grécia venceu o Brasil por 9×4. Já a seleção de vôlei feminino passou fácil pela Coreia do Sul, por 3 sets a 0.

No futebol feminino uma grande zebra! Favoritas ao ouro, as americanas empataram em 1×1 com as suecas e, nos pênaltis, foram eliminadas pela Suécia por 4×3. Pior para a goleira Hope Solo, alvo preferido da zoeira brasileira. As alemãs confirmaram o favoritismo e venceram por 1×0 a China. As canadenses também fizeram o placar mínimo, despachando a França, outra seleção favorita. A outra história… Essa aconteceu no Mineirão e nós contamos depois.

As duas duplas femininas do Brasil estão nas quartas-de-final do torneio Olímpico de vôlei de praia. Ágatha e Bárbara Seixas e Talita e Larissa passaram respectivamente pelas chinesas Wang e Yue e pelas alemãs Borger e Buthe.

No tênis, o nome do dia foi o genial Rafael Nadal. Primeiro ele foi para a quadra encarar Thomaz Bellucci e a torcida brasileira. Começou mal, foi dominado pelo brasileiro mas mostrou sua força de reação e virou para 2 sets a 1, garantindo vaga nas semifinais de simples, ao lado do britânico Andy Murray, do japonês Kei Nishikori e do argentino Juan Martin Del Potro. Horas depois, lá estava o “Touro Miúra” para disputar a final de duplas masculinas, ao lado de seu parceiro Marc Lopez. Após 2h26 de muito equilíbrio, os espanhóis superaram os romenos Florin Mergea e Horia Tecau – algozes de Bruno Soares e Marcelo Melo – por 2 sets a 1 (6/2, 3/6 e 6/4). O bronze ficou com os americanos J. Stock e S. Johnson. Depois do espetáculo, Nadal foi ovacionado pelo público na quadra.

López e Nadal se emocionam com o título de duplas no Centro Olímpico de Tênis. FOTO: Getty Images/Mark Kolbe
López e Nadal se emocionam com o título de duplas no Centro Olímpico de Tênis. FOTO: Getty Images/Mark Kolbe

Domínio europeu no Remo. No double skiff peso leve feminino, o ouro ficou com as holandesas Lise Paulis e Maaike Head. As outras atletas da equipe de remo da Holanda mergulharam na água para comemorar com as amigas. Lindsay Jennerich e Patrícia Obee levaram a prata para o Canadá enquanto as chinesas Wenyi Huang e Feihong Pan garantiram o bronze. Na versão masculina da prova, ouro para a França (Pierre Houin e Jeremie Azou), prata para a Irlanda (Gary e Paul O’Donovan) e bronze para Noruega (Kristoffer Brun e Are Strandl). No dois sem feminino as britânicas Helen Glover e Heather Stanning garantiram o ouro, seguidas das neozelandesas Genevieve Behrent e Rebecca Sown (prata) e das dinamarquesas Hedvig Rasmussen e Anne Andersen. A Grã Bretanha também ficou com o ouro no quatro sem masculino, deixando a prata para a Austrália e o bronze para a Itália.

O dia britânico também foi muito bom no velódromo olímpico do Rio. Na perseguição por equipes masculina, os britânicos superaram a Austrália na decisão, levaram o ouro e estabeleceram o novo recorde mundial da prova. O bronze ficou com a Dinamarca. Na prova de velocidade por equipes feminina, a China bateu o recorde mundial nas eliminatórias contra a Espanha e chegaram como favoritas ao ouro a final. E confirmaram o favoritismo derrotando a Rússia. O bronze ficou com a Alemanha.

A Marselhesa imperou no último dia do judô. Émilie Andéol e Teddy Riner dominaram o tatame e ficaram com o ouro. A francesa superou a cubana Idalys Ortiz na decisão e fez muita festa com a torcida francesa. Os bronzes ficaram com a chinesa Yu Song e a japonesa Kanae Yamabe. A brasileira não conseguiu medalha. O outro brasileiro que disputou medalha no dia, Rafael Silva, o “Baby”, fez o que podê mas não superou Riner – octacampeão mundial e o maior judoca em atividade – perdendo a chance de ir à final. Mas garantiu o bronze, ao lado do israelense Or Sasson. A prata ficou com o japonês Hisayoshi Harasawa.

Teddy Riner conquistou o bicampeonato Olímpico. FOTO: Getty Images/Pascal Le Segretain
Teddy Riner conquistou o bicampeonato Olímpico. FOTO: Getty Images/Pascal Le Segretain

Assim como o favoritismo de Riner, o favoritismo sul-coreano no tiro com arco também foi plenamente confirmado. Eles venceram as quatro provas do esporte nos Jogos, incluindo a última, a individual masculina. Foi a primeira vez na história que o mesmo país venceu todas as provas do tiro com arco em um edição Olímpica. O quarto ouro do país foi conquistado por Bonchan Ku, que superou o francês Jean-Charles Valladont por 7 a 3 na decisão. O bronze foi para os Estados Unidos, com Brady Ellison – que ficou famoso pela sua semelhança com o ator Leonardo Di Caprio.

Se o Baby já está com a medalha no peito, outro brasileiro também já tem medalha garantida. Falta saber qual. O pugilista Robson Conceição, quarto no ranking mundial, que avançou às semifinais da categoria ligeiro (até 60kg) do boxe, já tem ao menos o bronze garantido. No Pavilhão 6 do Riocentro ele derrotou o uzbeque Hurshid Tojibaev por pontos. Mas já saíram as primeiras medalhas na categoria mosca-ligeiro. E foram os bronzes, que ficaram com o cubano Joahnys Argilagos e o americano Nico Miguel Hernandez.

No levantamento de peso feminino, categoria até 65kg, a norte-coreana Jong Sim Rim ficou com o ouro, seguida por Darya Naumava de Bielorússia e da espanhola Lidia Valentin Perez. Na prova masculina da categoria até 85kg, o iraniano Kianoush Rostami fez barba, cabelo e bigode. Bateu os recordes olímpicos e mundial, além de ficar com a medalha de ouro. A prata ficou com Tao Tian, da China, e o bronze com Gabriel Sincraian, da Romênia.

Teve festa russa na final por equipes do florete na esgrima. A Rússia bateu a França na decisão e ficou com o ouro. O bronze foi para os EUA.

A natação vai chegando ao fim, mas os recordes e momentos históricos não param de acontecer. E teve um que de surreal. Enfim alguém parou Michael Phelps na piscina do Estádio Aquático Olímpico. E o autor de feito foi o improvável Joseph Schooling, de Cingapura, de apenas 21 anos. Ele bateu o recorde Olímpico na prova dos 100m borboleta e conquistou o primeiro ouro da história de seu país. Schooling assombrou o mundo nadando para 50s39 na final, deixando para trás nomes como Michael Phelps, o sul-africano Chad le Clos e o húngaro Laszlo Cseh, que tiveram um empate triplo (isso mesmo, triplo!) com 51s14 e dividiram a prata.

Joseph Schooling é o único homem a superar Phelps em uma final nos Jogos Rio 2016. FOTO: Getty Images/Al Bello
Joseph Schooling é o único homem a superar Phelps em uma final nos Jogos Rio 2016. FOTO: Getty Images/Al Bello

Se não deu para Phelps, correu tudo bem para sua companheira de equipe Katie Ledecky. Aquela que concorre ao posto de melhor nadadora feminina dos Jogos, conquistou o bicampeonato dos 800m livres e bateu, com folga, o recorde mundial da prova, marcando 8min04s79. A medalhista de prata, Jazz Carlin, da Grã-Bretanha, chegou bem depois, com 8min16s17, enquanto a húngara Boglarka Kapas levou o bronze. A outra nadadora de destaque dos jogos, não teve a mesma sorte. Nos 200m costas feminino, a americana Madeline Dirado surpreendeu a favorita Katinka Hosszu e ganhou o ouro com 2min05s99. A húngara levou a prata e o bronze foi para a canadense Hilary Caldwell.

Para encerrar a noite, a volta de um campeão. Na prova mais rápida da natação, os 50m livre, os americanos foram duplamente ao pódio. O ouro foi para  veterano Anthony Ervin (21s40), campeão em Sidney, que deu a volta por cima depois de ter encerrado sua carreira, voltando a ser campeão olímpico. O bronze foi para outro americano, Nathan Adrian. Entre eles, o favorito francês Florent Manadou levou a prata. O brasileiro Bruno Fratus fez o sexto tempo da final, com 21s79.

Se a natação vai saindo de cena, o esporte mais nobre dos jogos olímpicos chegou. No primeiro dia de atletismo, logo na primeira final já veio recorde. A etiope Almaz Ayana pulverizou os recordes olímpico e mundial da prova dos 10 mil metros, com 29min17s45. A queniana Vivian Jepkemoi Cheruiyot foi prata e Tirunesh Dibaba, também da Etiópia, ficou com bronze.

Almaz posa ao lado de seu recorde. FOTO: Rio 2016
Almaz posa ao lado de seu recorde. FOTO: Rio 2016

E teve brasileiro surpreendendo logo de cara. Caio Bonfim terminou em quarto na prova da marcha atlética 20 Km, a melhor marca do atletismo brasileiro na prova. A China ficou com o ouro e a prata, respectivamente com Zhen Wang e Zelin Cai, enquanto a Austrália levou o bronze com Dane Bird-Smith. Na final do arremesso de peso, a americana Michelle Carter impediu o tricampeonato olímpico da neozelandesa Valerie Adams, que ficou com a prata. O bronze ficou com Anita Marton, da Hungria.

Lembra da história que ficamos devendo? Pois é. O Mineirão – com 52 mil pessoas – recebeu a última partida das quarta-de-final de futebol feminino. Brasil e Austrália fizeram uma partida épica, com contornos daquele Brasil x Chile da Copa do Mundo masculina. Depois de uma infinidade de gols perdidos, bolas na trave e muita disputa física, o zero a zero perdurou no tempo normal e na prorrogação. Nos pênaltis todo mundo acertou até o quinto pênalti. E logo a genial Marta parou na goleira australiana. Quando tudo caminhava para mais uma frustração da seleção feminina, Bárbara parou a atacante australiana Foram mais duas séries perfeitas, até que na última cobrança, Bárbara brilhou de novo, pegando a última cobrança e fazendo o Mineirão explodir. E de forma espetacular, o Brasil segue na luta pelo seu ouro no futebol.

Com duas defesas na decisão por pênaltis, goleira Barbara garantiu a classificação brasileira. FOTO: Getty Images/Pedro Vilela
Com duas defesas na decisão por pênaltis, goleira Barbara garantiu a classificação brasileira. FOTO: Getty Images/Pedro Vilela

Confira o quadro de medalhas:

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