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AS VEZES EM QUE FALAR DE ESPORTE RENDEU OSCAR

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Já falamos sobre filmes que levaram o esporte ao cinema, os que o usaram como pano de fundo, atletas que virara atores e, vejam só, os esportes que aparecem nos filmes do 007. Mas dessa vez, vamos falar diretamente sobre o Oscar. Na lista abaixo, vocês conheceram os filmes sobre esportes que conquistaram as estatuetas do Oscar.

Quando éramos reis (1996) – Leon Gast

1 estatueta em 1997

Um formidável documentário contando a história da famosa “The Rumble in the Jungle”, a épica disputa pelo título mundial dos pesos-pesados entre Muhammad Ali e George Foreman, no antigo Zaire (atual República Democrática do Congo, em 30 de outubro de 1974. Ele destaca a sagacidade e carisma de Ali, assim como sua soberba liderança durante a própria luta. O filme que demorou 23 anos para ser concluído, rendeu o Oscar de melhor longa documentário.

 

Um Sonho Possível (2009) –  John Lee Hancock

1 estatueta em 2010

O filme conta a tragetória de Michael Oher, o Big Mike, filho jovem negro de uma mãe viciada que foi adotado pela família de Leigh Anne Tuohy (Sandra Bullock) que se torna um astro da NFL. Concorrente em duas categorias, o longa perdeu como melhor filme, mas deu o prêmio de melhor atriz à Sandra Bullock.

 

Correndo pela vitória (1979) – Peter Yates

1 estatueta em 1980

Um filme pouco conhecido, “Breaking Away” conta a história de quatro adolescentes em Bloomington, Indiana que concluíram o ensino médio e entram para o mundo do ciclismo. Concorreu a melhor filme, melhor diretor, melhor trilha sonora e melhor atriz coadjuvante (Barbara Berrie), tendo conquistado a estatueta de melhor roteiro original.

 

Jerry Maguire: A grande virada (1996) – Cameron Crowe

1 estatueta em 1997

O filme conta a história de Jerry Maguire, um agente que cai em desgraça, e que acaba por manter apenas um cliente, um famoso e problemático jogador de futebol. Através desta relação, o filme discute aspectos como amizade, solidariedade e capacidade de mudar. O filme também mostra como o esporte foi se transformando em “apenas” uma forma de ascensão monetária e social. Foi talvez a grande chance de Tom Cruise vencer um Oscar de melhor ator, mas acabou vencido por Geoffrey Rush, por “Shine”. Ao contrário dele, Cuba Golding Jr. levou a estatueta como melhor coadjuvante. O longa foi indicado também a melhor filme, roteiro original e edição.

 

Ídolo, Amante e herói (1942) – Sam Wood

1 estatueta em 1943

“The Pride of the Yankees” é uma biografia sentimental de Lou Gehrig, primeira base do New York Yankees, que mostra pouco dos jogos de basebol em si, mas conta com a presença de ídolos do esporte, como Babe Ruth, Bill Dickey, Mark Koenig e Bob Meusel. Uma grande produção da época, foi um sucesso estrondoso – ao contrário de outros filmes sobre o esporte – sendo indicado a 11 categorias no Oscar: melhor filme, melhor ator (Gary Cooper), melhor atriz (Teresa Wright), melhor história original, melhor roteiro adaptado, melhor fotografia, melhor direção de arte, melhor trilha sonora, melhores efeitos especiais, melhor mixagem de som e melhor edição, única categoria em que foi vencedor.

 

O vencedor (2010) –  David O. Russell

2 estatuetas em 2011

Um drama de uma família ligada ao boxe. Com esse enredo focado na história dos meio-irmãos Micky Ward e Dicky Eklund, “O vencedor” mostra um paralelo entre as relações familiares e as carreiras dos dois, expondo a relação entre a frustração do mais velho e a tentativa do mais novo de chegar ao sucesso. Foram sete indicações e duas estatuetas de coadjuvantes, para o esquelético Christian Bale e para Melissa Leo, que derrotou outra atriz do filme: Amy Adams. As outras indicações foram para melhor filme, diretor, roteiro original e edição.

 

Desafio à Corrupção (1961) – Robert Rossen

2 estatuetas em 1962

Inspirado num livro homônimo de Walter Tevis, “The Hustler” foi um grande sucesso no Oscar de 1962, sendo indicado em 8 categorias. Concorreu a melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Paul Newman), melhor atriz (Piper Laurie), melhor ator coadjuvante (Jackie Gleason e George C. Scott) e melhor roteiro adaptado. Saiu vencedor como melhor direção de arte e melhor fotografia (Eugen Schüfftan). O longo relata a decadência de um jogador de sinuca que, após ser derrotado e contrair uma grande dívida, é tentado a usar de meios escusos para conseguir se reencontrar com o sucesso.

 

Touro Indomável (1980) – Martin Scorcese

2 estatuetas em 1981

“Raging Bull” conta a história do boxeador Jake LaMotta, seguindo de suas vitórias, seu auge à sua atrapalhada vida pessoal e decadência. O relato da vida do “Touro do Bronx” rendeu dois Oscar na edição de 81, nas categorias de melhor ator (Robert De Niro) e melhor edição (Thelma Schoonmaker). O filme poderia ter ido mais longe, pois foi indicado nas categorias de melhor ator coadjuvante (Joe Pesci), melhor atriz coadjuvante (Cathy Moriarty), melhor filme, melhor diretor (Martin Scorsese), melhor Som e melhor fotografia (Michael Chapman).

 

Rocky: Um Lutador (1976) – John G. Avildsen

3 estatuetas em 1977

O clássico filme que lançou uma das maiores franquias da história do cinema – e catapultou a carreira de Sylvester Stalone – conta a história de Rocky Balboa, e sua saga para se tornar um campeão no boxe. Concebido pelo próprio Stalone o filme foi muito além da 10 indicações ao Oscar e se tornou um ícone cultural da Filadélfia. Venceu de forma polêmica as categorias de melhor filme, melhor diretor e melhor edição, quando derrotou filmes cultuados como “Rede de Intrigas”, “Taxi Driver”, “Carry, a estranha” e “Todos os Homens do Presidente”. Stalone perdeu a disputa de melhor ator e melhor roteiro original. O filme concorreu também a melhor atriz (Talia Shire), melhor som, melhor canção original e melhor ator coadjuvante, onde teve dois indicados: Burgess Meredith e Burt Young.

Carruagens de Fogo (1981) – Hugh Hudson

4 estatuetas em 1982

Uma das grande surpresas da história do Oscar, “Carruagens de Fogo” mostrou a preparação da equipe olímpica de atletismo da Grã-Bretanha para os Jogos Olímpicos de 1924, em Paris. O filme destaca os corredores Eric Liddell (Ian Charleson) e Harold Abrahams (Ben Cross), e eternizou música-tema do filme, composta pelo grego Vangelis, como hino oficial de todas as maratonas e maratonistas ao redor do mundo. Venceu na categoria de melhor filme, melhor roteiro original (Colin Welland), melhor figurino (Milena Canonero) e melhor trilha sonora (Vangelis). Foi derrotado nas disputas de melhor diretor (Hugh Hudson), melhor ator coadjuvante (Ian Holm) e melhor edição (Terry Rawlings).

 

Menina de Ouro (2004) – Clint Eastwood

4 estatuetas em 2005

“Million Dolar Baby” foi o terceiro filme de esporte a ganhar o Oscar de melhor filme – e segundo deles retratando o boxe. O longa retrata a história de uma garota operária que tenta a sorte como boxeadora. Gravado em apenas 37 dias, o filme venceu como melhor filme, direção (Clint Eastwood), atriz (Hilary Swank) e ator coadjuvante (Morgan Freeman). Além disso, foi indicado a melhor montagem, melhor roteiro adaptado e melhor ator (Clint Eastwood).

ATUALIZAÇÕES

O.J. Made in America (2016) – Ezra Edelman

1 estatueta em 2017

Um verdadeiro tratado sobre a vida de O. J. Simpson, astro da NFL e do cinema americano, que protagonizou um dos mais emblemáticos processos judiciais da história dos EUA. Ganhou o Oscar de melhor documentário em longa-metragem (e põe longa nisso). Produzido para a ESPN Films, tornou-se o filme mais longo a ganhar um Oscar com 7 horas e 47 minutos, superando Guerra e Paz, filme soviético que detinha esse recorde com 7 horas e 7 minutos em 1969, quando levou a estatueta de melhor filme estrangeiro. Foi exibido em cinco partes pela emissora esportiva estadunidense.

Icarus (2017) – Bryan Fogel e Mark Monroe

1 estatueta em 2018

Bryan Fogel, ciclista amador, pretendia mostrar como os esquemas de doping são comuns e afetam as competições nos EUA e no mundo. O documentário toma um rumo diferente ao envolver o médico russo Grigory Rodchenkov, tornando-se uma denúncia ao que seria um dos maiores esquemas de dopagem esportiva da história. O filme foi premiado como melhor documentário.

Dear Basketball (2017) – Glen Keane e Kobe Bryant

1 estatueta em 2018

O melhor curta de animação de 2018 entrou para história por premiar pela primeira vez um ex-atleta profissional. Kobe Bryant, astro da NBA, escreveu e produziu o filme ao lado de Glen Keane, partindo do texto da carta de despedida de Kobe do basquete, que falou sobre sua relação com esporte.

Free Solo (2018) – Jimmy Chin, Elizabeth Chai Vasarhelyi

1 estatueta em 2018

O melhor documentário de 2018 narrou o trabalho do alpinista Alex Honnold em sua missão de tentativa de escalar o “El Capitan”, em junho de 2017, o que seria o maior paredão já escalado por uma pessoa. Foi produzido para a National Geographic Documentary Films.

Learning to Skateboard in a Warzone (If You’re a Girl) (2019) – Carol Dysinger

1 estatueta em 2019

O melhor documentário de longa-metragem de 2019 mostrou o esporte como ferramenta de empoderamento feminino no Afeganistão. O filme conta a história de jovens afegãs aprendendo a ler, escrever e andar de skate em Cabul, capital do país.

Ford vs Ferrari (2019) – James Mangold

2 estatuetas em 2019

O filme conta a história de uma equipe excêntrica e determinada de engenheiros e designers liderada pelo visionário automotivo Carroll Shelby e seu motorista britânico Ken Miles, que são enviados por Henry Ford II e Lee Iacocca com a missão de construir o Ford GT40. O novo carro de corrida tinha potencial para finalmente derrotar a poderosa Ferrari nas 24 Horas de Le Mans de 1966, na França, uma das mais tradicionais provas do automobilismo mundial. Venceu nas categorias de melhor edição e melhor edição de som.

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