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DEPOIS DE 92, DREAM TEAM RECONQUISTA A ESPANHA E O MUNDO

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mundialDesde 92 a expressão “DreamTeam” passou a ter personificação. O que seria um time das estrelas? Pois a seleção americana de basquete masculino mostrou como seria. Pela primeira vez eles levaram os astros da NBA para os Jogos Olímpicos e Barcelona foi premiada não com jogos, mas com espetáculos. A medalha não passou de uma formalidade.

12 anos depois, a Espanha recebeu novamente uma seleção americana de basquete e, mesmo não sendo tão Dream Team como aquela, a equipe americana passeuou em quadra. Não teve nada de Kevin Durant, Lebron James, Carmelo Anthony, Chris Paul ou Kobe Briant, mas nem fizeram falta. Os EUA atropelaram todo mundo e fizeram da Copa do Mundo de Basquete uma competição de um time só. Foram nove vitórias em nove jogos, todas por mais de 20 pontos de vantagem.

Jogadores americanos celebram o título. FOTO: FIBA
Jogadores americanos celebram o título. FOTO: FIBA

Méritos para “Coach K”, ou Mike Krzyzewski, que montou uma equipe cuja média era de apenas 24 anos, composta por atletas que cada vez mais assumem o papel de protagonistas na NBA, como é o caso de Kyrie Irving, James Harden, Derick Rose, Anthony Davis e Kenneth Faried. O 129 a 92 foi apenas para garantir o encerramento apoteótico sobre uma Sérvia que, ao contrário do que se esperava dela, foi longe demais.

Faried dominou os garrafões espanhois. FOTO: FIBA
Faried dominou os garrafões espanhois. FOTO: FIBA

Depois de terminar a fase de grupos em quarto lugar no grupo da morte, os sérvios, comandados por Milos Teodosic, despacharam a Grécia, o Brasil e a França, sendo que os dois últimos rivais haviam batido a seleção dos balcãs na fase de grupos. Por falar nisso, vamos exaltar as campanhas dessas duas boas seleções.

O Brasil entrou pela porta dos fundos, com seu wide card (que eu acho um absurdo, particularmente) mas jogou como time grande. Na primeira fase só perdeu para a Espanha e nas oitavas deu show de raça e eficiência, derrotando a arqui-rival e eterna algoz Argentina. O problema é que o apagão das quartas-de-final voltou e contra a Sérvia o time brasileiro foi surrado e deu adeus a chance de medalha.

A França fez muito mais do que parecia que daria conta. Pela primeira vez os franceses conquistaram uma medalha em mundiais, por isso tamanha festa pelo bronze. A Lituânia deu trabalho (como faz sempre) na disputa de terceiro lugar, mas não foi nem de longe o maior feito dos franceses. Mesmo desfalcados de seu astro Tony Parker e do pivô Joakim Noah, os frnceses derrotaram a Espanha nas quartas-de-final, quando sua eliminação era dada como certa.

Aliás, que papelão Espanha! Sediar uma competição, alardear o duelo contra o EUA e não chegar na final? De fato, o time espanhol era o único capaz de fazer frente aos Dream Team, mas nem os irmãos Gasol, Rudy Fernandez ou Ricky Rubio conseguiram evitar o vexame de cair nas quartas.

Desolação espanhola frente ao fracasso em casa, contra os ex-fregueses fanceses. FOTO: Getty Images
Desolação espanhola frente ao fracasso em casa, contra os ex-fregueses fanceses. FOTO: Getty Images

Falando das equipes menos alardeadas, a Eslovênia fez uma boa campanha e caiu honrosamente para os campeões, nas quartas. Na mesma fase, a Turquia foi eliminada, mas já era bem mais do que se esperava dos atuais vice-campeões, que vinham de quatro anos fraquíssimos. Grécia, Croácia, México, Nova Zelândia, Austrália e República Dominicana passaram para a segunda fase, exatamente o que se esperava delas. O Senegal é que foi a zebra, ao se classificar para enfrentar a Espanha nas quartas de final. Isso sem falar na seleção das Filipinas vencendo uma partida (O.o).

A Copa do Mundo teve o Haka da Nova Zelândia e suspeitas de entrega de resultado por parte da seleção australiana. Teve show de enterradas de Kenneth Faried e uma versão adaptada da canção argentina “Decime que se siente”, que ao contrário da Copa do Mundo de Futebol, parou de ser cantada bem antes da final.

Quinteto com os melhores jogadores da Copa do mundo. FOTO: FIBA
Quinteto com os melhores jogadores da Copa do mundo. FOTO: FIBA

No fim das contas foi uma grande Copa do Mundo. Com o título, os EUA chegaram a sua quinta conquista (54/86/94/2010/2014), igualando o recorde da antiga Iuguslávia (70/78/90/98/2002), conquistando de quebra seu primeiro bicampeonato consecutivo. O MVP (jogador mais valioso) da competição foi o jovem americano Kyrie Irving, de apenas 22 anos, que formou a seleção do campeonato com seu companheiro de Dream Team, Kenneth Faried; o espanhol Paul Gasol (para fazer aquela média com a torcida); o sérvio Milos Teodosic e o francês Nicolas Batum.

Fim de festa na Espanha! E mais uma vez os americanos mostraram ao mundo de onde vem o melhor basquete do mundo.

 

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