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AUSTRÁLIA CONQUISTA A ÁSIA

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Copa-da-ásia

Bom, nada tira da minha cabeça que a Austrália foi colocada para jogar na Ásia como uma espécie de punição pela sua hegemonia na Oceania. Mas se essa foi a ideia, passou longe de dar certo. Em sua terceira participação em seu “novo continente”, os Socceroos chegaram ao seu auge. Ao vencer a Coreia do Sul por 2×1, os australianos chegaram ao seu maior título na história do futebol. Esse sucesso não veio da noite para o dia.

Os Socceroos levantando a taça.  FOTO: AFC
Os Socceroos levantando a taça. FOTO: AFC

Em sua primeira participação, eliminação para o Japão nas quartas. Na segunda, um vice, novamente perdendo para o Japão. Dessa vez, os australianos sediaram a competição e se preparam muito para não fazer feio.

Do ponto de vista de organização não fizeram mesmo. Crianças pagaram apenas U$ 5 por ingresso. Uma família inteira, com quatro membros, por U$ 40. A final saiu por U$ 79 dólares. Preços em conta nas férias de verão garantiram um ótimo público nos estádios. Os australianos ainda deram a sorte de serem anfitriões de momentos que marcaram a história da competição.

O que dizer da participação emblemática da seleção da Palestina, que em sua primeira aparição em competições de grande porte já causou um grande impacto. Foram três derrotas, com 11 gols sofridos e apenas um marcado, mas ter sua bandeira hasteada como um país, logo na Austrália, uma das nações que votou contra a resolução da ONU que tinha como objetivo a criação de um Estado palestino próprio. Ironias do futebol.

Seleção da Palestina na estreia contra o Japão. FOTO: Getty Images
Seleção da Palestina na estreia contra o Japão. FOTO: Getty Images

Por que não lembrar do épico confronto entre Irã e Iraque pelas quartas de final. A partida explosiva (eita trocadilho irresistível) terminada em 1×1 no tempo normal e 2×2 na prorrogação, que teve uma decisão emocionante nos pênaltis, qualificando o Iraque às semi-finais. Os Emirados Árabes, do goleador do torneio Ali Mabkhout, também se destacou, eliminando os tetracampeões japoneses e chegando em terceiro.

Bom, mas quem riu por último mesmo foi a Austrália. Se os Socceroos eram fortes demais para competir na Oceania, agora estão entre os mais fortes da Ásia. Venceram Omã, Kuwait, China e Emirados Árabes Unidos, chegando à decisão com apenas uma derrota, justamente para os adiversários na luta pela taça, os sul-coreanos. Esses, por sua vez queriam sair do longo jejum sem títulos continentais. Não deu.

Depois do empate em 1×1, com um gol sofrido no apagar das luzes, os australianos venceram na prorrogação – com uma jogada sensacional que resultou no gol do título. Festa de um time que chegou ao maior triunfo do futebol no país. Último remanescente da “geração de ouro” que levou o time de volta a uma Copa do Mundo, em 2006, Tim Cahill foi um dos pilares do time, que ao lado de Mathew Ryan, melhor goleiro, e Massimo Luongo, craque do torneio, formaram a espinha dorsal do time campeão.

Tim Cahill comemora golaço de bicicleta contra a China. FOTO: AFC
Tim Cahill comemora golaço de bicicleta contra a China. FOTO: AFC

Agora a FIFA já sabe que a Austrália não nadava de braçada na Oceania apenas por falta de adversário. O futebol de lá desenvolveu-se muito e o time é competitivo mesmo. Parabéns aos Socceroos, agora, senhores da Ásia.

Austrália e Coreia formam a base da seleção do torneio. FOTO: AFC
Austrália e Coreia formam a base da seleção do torneio. FOTO: AFC
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