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AS NOVIDADES DA PRÉ-TEMPORADA DA FÓRMULA 1

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Agora falaremos sobre algumas novidades da categoria para 2018 e os testes de inverno, a pré-temporada da F1. Além das estreias de Siroktin e Leclerc no lugar de Felipe Massa (aposentado) e Pascal Wehrlein (piloto de testes da Mercedes), da volta dos GPs da Alemanha e França e da exclusão do GP da Malásia, muita coisa nova rolou. Vamos falar disso.

Depois das inúmeras mudanças de 2017, as alterações da temporada 2018 parecem bem menos impactante, mas estão longe de passar despercebidas. O halo, a polêmica proteção de cockpit, foi a maior delas.

As mudanças

Carro com halo e sem barbatana

Agora os carros de várias categoria da FIA possuem um conjunto de hastes presas ao cockpit para aumentar a proteção na região da cabeça. Deve ser uma solução temporária. Já na parte traseira não teremos mais as “barbatanas de tubarão” e sim uma espécie de asa, que tinha voltado em 2017.

O Halo é a principal novidade dos carros da F1 para 2018
O Halo é a principal novidade dos carros da F1 para 2018. FOTO:F1

Dois tetracampeões no grid

Será a primeira vez na história da F-1 que o grid terá dois pilotos com quatro títulos mundiais: Vettel e Hamilton. Além dos dois, apenas outros três possuem esse feito em quase 70 anos.

Mais tipos (e cores) de pneus

Buscando aumentar as possibilidades estratégicas durante as corridas, a Pirelli lançou dois tipos de pneus diferentes para esta temporada. O superduro, laranja, a princípio não deverá ser utilizado, mas fica na reserva caso o desenvolvimento dos carros supere as expectativas da fornecedora, que decidiu deixar toda sua escala mais macia e veloz em 2018. E o mais rápido dos compostos será o novo hipermacio, de cor rosa, que deve aparecer pela primeira vez na temporada no GP de Mônaco, sexta etapa.

Para 2018 serão disponibilizados 7 compostos diferentes de pneus para pista seca, além dos pneus “intermediários” e para “chuva extrema.
Para 2018 serão disponibilizados 7 compostos diferentes de pneus para pista seca, além dos pneus “intermediários” e para “chuva extrema. FOTO: gazzetta.gr.

Motores longa vida

Em uma mudança muito criticada especialmente por Lewis Hamilton, agora cada piloto terá direito a apenas três unidades de potência por temporada. A partir da quarta, começam a sofrer punições. Já antecipando que vários pilotos não conseguirão completar as 21 corridas (uma a mais que em 2017) com um motor a menos que ano passado, a FIA alterou o sistema de contagem das punições, eliminando penas de dezenas de lugares no grid, impossíveis de serem cumpridas com apenas 20 carros alinhados. Agora, se o piloto leva 15 posições ou mais, simplesmente vai largar do fundo do grid.

Sistema de Relargada

A partir da temporada 2018, as relargadas serão dadas com os carros parados no grid na ordem em que estavam na classificação antes da interrupção, e não mais em fila indiana atrás do carro de segurança, antes de a bandeira verde ser agitada como numa relargada normal.

O horário

Teve também a mudança do horário das largadas. As corridas que normalmente começavam as 14 horas no horário local, passarão a começar as 15:10. Essa mudança visa principalmente a inclusão da maior parte do mercado dos Estados Unidos (exceção do Alasca e do Havaí) em um horário mais agradável para se assistir – principalmente nas etapas europeias, que começarão nos diversos fusos horários americanos entre 6:10 e 9:10 da manhã. Além disso, de acordo com a categoria, a mudança permite que o público acompanhe a cobertura pré-prova na TV – como as emissoras costumam ir ao ar em horários ‘redondos’, os fãs ganhariam minutos para acompanhar os últimos preparos de equipes e pilotos.

Os testes da pré-temporada

Sobre os testes realizados na Espanha durante a pré-temporada lanço mão do artigo do site Racing Motor Sports em 09/03/2018.

“No balanço da pré-temporada da Fórmula 1, a Ferrari saiu na frente. Mas testes são testes e corridas são corridas. A escuderia de Maranello cravou a volta mais rápida dos oito dias, com Sebastian Vettel conseguindo pulverizar todos os recordes do circuito de Montmeló, em Barcelona, estabelecendo 1min17s182.

Nesta sexta-feira, no último dia da pré-temporada, foi a vez de Kimi Raikkonen ser o mais rápido. Fez a volta rápida em 1min17s221 – a segunda mais veloz de toda a pré-temporada. A Ferrari domino quatro dos oito dias, sendo três com Vettel e uma com Raikkonen. Lewis Hamilton, da Mercedes, fechou a primeira perna da pré-temporada como o mais rápido, mas foi coadjuvante na segunda parte.

A Mercedes-AMG justificou que não buscou tempo nos testes desta semana, mas sim simular corridas e testar a durabilidade de seu motor. No vácuo deixado pela escuderia alemã, a Red Bull conseguiu ser dominante em dois dias, com Daniel Ricciardo. Já no dia em que a “besta do leste” invadiu Barcelona, Fernando Alonso foi o único corajoso a ir para a pista e mostrou que a McLaren é boa de frio.

A escuderia britânica, agora com motor Renault, teve problemas ao longo da pré-temporada. Na primeira semana, Alonso ficou sem roda e Stoffel Vandoorne e Alonso tiveram problemas elétricos. Na segunda semana, foi o motor. Nesta sexta-feira, na quinta volta de seu treino, Fernando Alonso viu seu motor deixá-lo na mão. A McLaren levou cinco horas para consertar o problema.

Na volta para a pista, Fernando Alonso conseguiu uma volta surpreendente: 1min17s784. Mas não dá para dizer que a McLaren está pronta. Na média dos tempos da pré-temporada, a Toro Rosso, com motores Honda, teve uma regularidade maior. Aliás, pelos tempos agregados, a ordem das equipes na pré-temporada foi a seguinte: Ferrari, Mercedes-AMG, Red Bull, Toro Rosso, Haas, McLaren, Renault, Sauber, Force India e Williams.

Em termos de pilotos, as decepções da pré-temporada foram Max Verstappen, que andou sempre atrás de Ricciardo, além da dupla da Williams – Lance Stroll e Sergey Sirotkin. Quem teve tirar leite de pedra foi Robert Kubica, qu conseguiu melhores tempos que os titulares, já que ele é piloto de teste da Williams.”

Pelo que acompanhei dos testes, a Mercedes parece que “escondeu o jogo” de novo. O time alemão buscou mais fazer simulações de corrida do que buscar grandes tempos nos testes. Chega novamente com ligeiro favoritismo para a temporada de 2018.

A Ferrari, que fez os melhores tempos nos testes, deve ser, novamente, a principal concorrente da Mercedes. E desta vez conseguiu uma boa marca: em um dos dias de testes, Vettel fez “incríveis” 166 voltas no circuito espanhol, sem que o carro tivesse nenhum problema. Essa quantidade de voltas equivale a três corridas da etapa espanhola na temporada regular. Ou seja, uma boa amostra de resistência do motor Ferrari, num ano onde isto será muito importante já que cada piloto só poderá utilizar 3 unidades de potência ao longo de 2018, sem sofrer punições.

Mas desta vez, a Red Bull também começará forte em 2018. Com bons tempos e, como declarou Daniel Riccardo de que a equipe nunca se preparou tão bem para uma temporada, desde que ele chegou lá em 2014, o time austríaco deverá dar trabalho as favoritas Mercedes e Ferrari.

Já nas demais equipes, o grande duelo esperado será entre McLaren e Toro Rosso. O time inglês perdeu a paciência com a Honda e trocou os motores japoneses pelos franceses da Renault enquanto o time italiano (“filial” da Red Bull) fez o inverso e utilizará os motores Honda em 2018.

E, ao que parece, a cota de responsabilidade do chassi da McLaren, pelos 3 anos de fiasco com a Honda era maior do parecia ser demonstrado na mídia. O time inglês não fez uma boa pré-temporada de novo. Rodou mais quilômetros que em relação a 2017, porém, apresentou muitos problemas ainda para serem solucionados até a estreia na Austrália, e sua quilometragem foi inferior em relação até a própria Toro Rosso com motor Honda, que teve poucos problemas durante a pré-temporada.

Enfim, a promessa é de mais uma boa temporada da Fórmula 1.

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